Até hoje só fiz um post sobre livros, mas como o blog é feito pra eu falar de coisas legais que não sejam caras, mesmo que o foco seja sobre cabelo, eu pretendo compartilhar mais livros que eu gosto com vocês!
Ganhei esse livro do Pedro no natal e adorei, ele custou R$60 e reúne quatro livros da Agatha Christie escrito nos anos 40 (ou seja, cada livro por R$15). Estava querendo ler Um brinde de cianureto já havia três anos, e apesar de já ter lido M ou N? e A casa torta, não tinha nenhum dos dois, então achei maravilhoso.
Acredito que todos vocês conheçam pelo menos de nome a autora; ela é uma das escritoras mais lidas e traduzidas de todos os tempos, considerada A dama do crime, e criadora do fantástico e famosíssimo Hercule Poirot (se pronuncia "Puarrô"), detetive belga baixinho, aposentado, genial, e sinceramente melhor que o Sherlock Holmes, além de vários outros personagens que aparecem em mais de um livro e às vezes junto com ele, como Miss Marple, Arthur Hastings, Superintendente Battle, Ariadne Oliver e o casal Tommy e Tuppence.
Agatha escreveu livros entre os anos 20 e os anos 70. Apesar de ter escrito nos anos 20 a obra-prima O assassinato de Roger Acroyd, a maioria de nós, fãs, prefere o período entre os anos 30 e os anos 60, já que no começo ela ainda estava pegando o jeito e no fim já estava muito velha e debilitada, meio gagá mesmo.
Além dos mais de setenta romances policiais, ela também escreveu romances românticos sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Sou fã da Agatha Christie desde os dez anos, quando encontrei na biblioteca da escola o fraquinho Assassinato no trem azul. Estimo que tenha lido 33 livros dela até hoje, e tenho como objetivo de vida ler todos. E se engana quem acha que é leitura difícil! As traduções mais recentes não têm palavras difíceis e a leitura flui super bem, além de a maioria dos livros serem pequenininhos, menos de 200 páginas.
Mas agora vamos falar desse livro em específico ♥
Algumas das traduções não são lá essas coisas, são meio Lia Wyler que nunca sabe quando o "what a shame" é "que pena" ou quando o "I'm sorry" é "sinto muito", sabe? Mas como eu morro de preguiça em ler qualquer coisa em inglês que não seja legenda acabo não me importando muito.
Os livros da LPM têm uma ótima qualidade, tenho vários livros pocket deles há séculos que ainda estão novinhos e perfeitos. Acho isso essencial num livro desse tamanho, nada pior que ler um livro que parece que vai descolar todo.
O primeiro livro, M ou N?, é o terceiro livro em ordem cronológica do casal Tommy e Tuppence Beresford. Pra quem gosta deles, é bacana ler em ordem porque tem muito spoiler de livro anterior.
Essa história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, e eles são um casal de meia-idade que procura refúgio num lugar tranquilo, mas acabam se envolvendo com espionagem e precisam usar bastante astúcia pra não permitirem que aconteçam coisas horríveis. Embora seja o menos legal dos quatro livros, vale a pena a leitura, é um enredo cheio de surpresas!
"Gosto de um bom romance policial. Mas, como se sabe, eles sempre começam do ponto errado. Começam pelo assassinato. Só que o assassinato é o final. A história começa muito antes – muitas vezes, anos antes – que levam as pessoas a certos lugares, num certo momento e num certo dia. (...) Todos se dirigem a um determinado local... e aí quando chega a hora: o ponto máximo! A hora zero."
Esse quote do livro descreve perfeitamente o começo da história: cada capítulo mostra uma ou duas das pessoas que se dirigirão para a hora zero, a hora do aguardado crime desse livro. O desenrolar do livro é extremamente intrigante e o final é genial, é um típico livro da Agatha.
O terceiro livro, Um brinde de cianureto, eu me lembro de ter lido a sinopse e o começo em um sebo e ficado encantada, mas no dia não tinha dez reais pra comprar e quando voltei não estava mais lá. Porém essa história tristíssima se resolveu e eu estou muito feliz que li esse livro, é tão incrível quanto eu imaginei! Ele começa quase um ano depois da morte de uma mulher chamada Rosemary, que era lindíssima e herdeira; o caso foi arquivado como suicídio, mas aos poucos as pessoas presentes no restaurante onde ela morreu vão se lembrando de detalhes sobre ela, e vai ficando claro que todos eles poderiam muito bem ter cometido o crime. Quem investiga esse caso é nosso querido Superintendente Battle.
E, finalmente, o último livro, que eu li em 2010 mas não consigo me esquecer do fim, A casa torta.
De todos que eu já li, é um dos meus preferidos absolutos o aspecto psicológico é magistralmente trabalhado. Um velho já à beira da morte e bem rico é morto em seu casarão, apesar de não haver nenhuma razão aparente pra matar alguém que já já vai morrer sozinho, e todos que moram lá são suspeitos. Inclusive a namorada do nosso simpático detetive, um rapaz chamado Charles. Você lê a sinopse e nem pensa que é grandes coisas, aí chega no fim e você quase morre hahahaha
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| Mais ou menos a minha cara depois de ler |
Beijo e boa terça!
